Na opinião do ministro saudita, o projeto de lei levará a um desequilíbrio entre oferta e demanda de petróleo no mercado global.
Riad não venderá petróleo a nenhum país que tente impor um limite de preço, disse o ministro da Energia saudita, príncipe Abdulaziz bin Salman, em entrevista à Energy Intelligence .
“Se um teto de preço fosse imposto às exportações sauditas de petróleo, não venderíamos petróleo a nenhum país que impusesse um teto de preço à nossa oferta e reduziríamos a produção de petróleo, e não ficaria surpreso se outros fizessem o mesmo, ” disse o ministro, comentando o projeto de lei norte-americano NOPEC (No Oil Producing and Exporting Cartels Act).
O projeto de lei dá ao governo dos EUA a oportunidade de abrir processos antimonopólio contra os membros da OPEP e seus parceiros.
Na opinião do ministro saudita, o projeto de lei provocará um desequilíbrio entre oferta e demanda de petróleo no mercado global.
“O projeto de lei da Nopec não reconhece a importância de manter a capacidade ociosa e as consequências de não manter a capacidade ociosa na estabilidade do mercado. A Nopec também prejudicaria os investimentos em capacidade de petróleo e faria com que a oferta global ficasse muito aquém da demanda futura”, disse ele.
Além disso, o ministro criticou a política de restrição dos preços do petróleo, porque provoca volatilidade nos mercados globais e dificulta o desenvolvimento do setor.
“Devo reiterar a opinião que fiz em agosto e setembro sobre como tais políticas inevitavelmente exacerbariam a instabilidade e volatilidade do mercado e impactariam negativamente a indústria do petróleo”, disse ele, acrescentando que, em contraste, a aliança OPEP + “tornou todos os esforços e conseguiu” trazer significativa estabilidade e transparência ao mercado de petróleo.
Em 5 de maio de 2022, o Comitê Judiciário do Senado dos EUA aprovou o projeto de lei NOPEC, permitindo que os tribunais dos EUA considerem ações antimonopólio contra membros da OPEP e outros países por suspeita de acordos de cartel.
Várias versões do projeto falharam no Congresso por cerca de 20 anos. Em 2007, a iniciativa foi aprovada pelo Senado e pela Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, mas não foi submetida à assinatura do então presidente dos Estados Unidos, George Bush Jr., porque este prometeu vetá-la.
Fonte: TASS
