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Congressista dos EUA acredita que Ucrânia não tentará retomar militarmente a Crimeia

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O principal democrata do Comitê de Serviços Armados da Câmara dos Representantes dos EUA, Adam Smith, acredita que as negociações sobre o fim do conflito devem começar em algum momento.

O principal democrata no Comitê de Serviços Armados da Câmara dos Representantes dos EUA, Adam Smith, acredita que existe alguma forma de consenso de que a Ucrânia não tentará retomar a Crimeia por meios militares, informou o jornal Politico .

“Acho que há mais consenso lá fora de que as pessoas percebem que a Ucrânia não vai retomar militarmente a Crimeia”, disse o legislador, citando o jornal, à margem da Conferência de Segurança de Munique.

Smith acredita que as conversas sobre o fim do conflito devem começar em algum momento.

“A verdadeira questão é: podemos obter garantias de segurança para a Ucrânia”, disse ele, acrescentando que tais garantias devem dar aos EUA e seus aliados a oportunidade de “continuar a treinar e armar a Ucrânia para que a Rússia não faça isso novamente, uma vez que recuperaram o fôlego e alguns anos.”

Segundo a reportagem, o legislador norte-americano não descarta a tentativa do governo de Kiev de retomar a Crimeia, mas seria uma decisão do governo ucraniano.

Posição dos EUA sobre a Crimeia

A subsecretária de Estado para Assuntos Políticos dos EUA, Victoria Nuland, disse na quinta-feira que o exército ucraniano tinha o direito legal de atacar na Crimeia. O diplomata dos EUA disse no Carnegie Endowment for International Peace, com sede em Washington, que os EUA consideram as instalações militares na Crimeia alvos legítimos para os ataques da Ucrânia. A Ucrânia está atacando enquanto os EUA estão apoiando isso, disse ela, acrescentando que a Ucrânia não estará segura “a menos que a Crimeia esteja no mínimo militarizada”. Isso faz parte de garantir que haja uma dissuasão sustentável da Rússia, acrescentou Nuland.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, disse que os comentários de Nuland estavam “incitando o regime de Kiev a uma escalada ainda maior”.

Por sua vez, o Politico citou fontes familiarizadas com o assunto dizendo que durante uma teleconferência entre o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, e um grupo de especialistas na quarta-feira, o principal diplomata dos EUA disse que Washington não estava encorajando ativamente a Ucrânia a tentar retomar a Crimeia. Em sua opinião, seria uma linha vermelha para a Rússia.

Após um golpe na Ucrânia em fevereiro de 2014, os governos da Crimeia e Sevastopol realizaram um referendo para se juntar à Rússia, no qual 96,7% dos crimeanos e 95,6% dos eleitores de Sebastopol optaram por se separar da Ucrânia e ingressar na Federação Russa. O presidente russo, Vladimir Putin, assinou os tratados de reunificação em 18 de março de 2014. Os documentos foram ratificados pela Assembleia Federal da Rússia, ou parlamento bicameral, em 21 de março. Apesar dos resultados esmagadores do referendo, Kiev e Washington ainda se recusam a reconhecer a Crimeia como parte do Rússia.

Fonte: TASS


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